terça-feira, 25 de agosto de 2009

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

No Limite testa muito mais os limites de um público com postura ética do que o de seus participantes

Em busca de audiência, às vezes, as emissoras perdem a noção de bom-senso. Deixam, inclusive, de avaliar que tipo de audiência querem atrair e que tipo de pessoas irão formar com os programas que exibem. É uma responsabilidade muito grande colocar um programa no ar: tanto de seus produtores quanto dos editores, diretores e apresentadores.
O mundo todo se mobiliza em função de tratar eticamente os animais, incluindo os que são usados na alimentação.Em países mais avançados a vivessecção já está sendo banida. Por isso, hoje em dia quase ninguém mais fica indiferente as cenas que o programa No Limite da Globo andou exibindo com matança de galinhas e coruja amarrada pelas asas. Aliás, não se deveria dar aos participantes do programa a opção de matar galinhas. Estamos falando de um programa de TVe não de uma granja. Existem leis que proibem o uso de animais em ações de entretenimento, ainda mais quando isso implica em aflição e dor para essas criaturas indefesas.
É comum vermos em filmes estrangeiros cenas com matança de bichos (O Corvo é um exemplo), mas depois a gente lê no letreiro: nenhum animal deste filme foi submetido a maus-tratos. Infelizmente, o mesmo não ocorreu com Cidade dos Homens naquela perseguição à galinha que terminou sendo realmente morta (um filme que pode ganhar muitos prêmios, mas eu não me dou o trabalho de assitir e muito menos de elogiar). Se os atores não precisam ferir de verdade uns aos outros... se há técnicas tão perfeitas para sugerir morte e sangue, por que não aplicar as mesmas técnicas nas cenas com animais a fim de poupá-los de sofrimentos reais?
Matar animais não é arte e nem diversão.Várias pessoas perceberam também que uma coruja colocada no cenário de apresentação do programa estava amarrada pelas asas! Ela pode ter sofrido cortes e ferimentos capazes de impedí-la pra sempre de voar.
O que mais choca é que eu e milhares de outras pessoas crescemos assistindo o Globo Repórter - um programa que sempre lutou pela preservação ambiental e da fauna em vários pontos do mundo. O Globo Repórter teve um papel importantíssimo na formação das crianças e jovens brasileiros. Por isso, o programa No Limite causa grande decepção em seu público fiel, que sempre acompanhou programas voltados para a proteção da fauna.
Tenho 20 anos de jornalismo e só vi cenas de teor semelhante em programas de baixíssimo nível que logo saíram do ar. Há muitas formas saudáveis de se testar o "limite" das pessoas num programa de TV. Formas que, inclusive, podem passar uma mensagem ecológica ou eticológica ao público. E há muitos jornalistas éticos que podem ajudar a Globo nisso. O que não pode acontecer é as emissoras terem permissão para continuar colocando à prova o "limite" dos espectadores ao terem que tolerar cenas de crueldade contra animais indefesos.
Espero que a Globo, seus jornalistas mais sérios e os orgãos que fiscalizam as redes de comunicação no país tomem uma providência. Afinal... é o mínimo.
No site da ARCA Brasil há uma carta-modelo para as pessoas que quiserem se manifestar a respeito. Acessem:
Fátima Chuecco - jornalista ambientalista - responsável pela divulgação do Ano Internacional do Gorila no Brasil - YoG 2009 (da Unesco) www.gorillashelp.com

domingo, 26 de julho de 2009

Cachorro cego no Reino Unido tem seu próprio cão-guia


A cadela "Bonnie" orienta seu colega durante passeios ou mesmo quando ele precisa comer ou beber água. Quando eles estão juntos, "Clyde" parece um cão normal, plenamente capaz.

O inseparável casal foi resgatado da rua há três semanas. Agora, um centro de proteção e cuidados de animais está procurando uma nova casa para eles.

Segundo Cherie Cootes, de 40 anos, que trabalha no centro de resgate de cães "Meadow Green”, em Londres (Reino Unido), "Clyde" ficaria perdido sem "Bonnie" e, por isso, eles precisam ser adotados juntos.

"Ele depende totalmente dela o tempo todo. Quando caminha, ela tende a parar para ter certeza que ele está lá. Ela enxerga por ele", afirmou Cherie, destacando que não existe a menor possibilidade deles serem adotados separadamente.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo

terça-feira, 21 de julho de 2009

Famosas em campanha contra os Rodeios!




Odeio Rodeio

Thayla Ayala, atriz de caminho das índias, e a modelo Camila Jorge entraram juntas em um campanha nacional pelo fim dos animais em rodeios.
A atriz e a modelo consideram um retrocesso e uma estagnação moral o fato de que nos dias de hoje ainda utilizem animais para diversão.

Dessa forma, ambas cederam suas imagens e formularam frases para incentivar as pessoas a não contribuírem com rodeios e desmistificar esta prática tida como aceitável. A parceria foi fechada com o coletivo Odeio Rodeio, que há mais de 3 anos vem dando suporte em várias cidades brasileiras para o fim da utilização de animais em rodeios, além de informar a população sobre a verdadeira face desta atividade.

A campanha foi produzida e dirigida pela agencia So’ Live Design, e trata-se inicialmente de duas peças publicitárias com as imagens e frases de ambas, estando ainda previstos para campanha um curta com seus depoimentos e também de outros famosos que se posicionam contra esta prática.

As imagens podem ser visualizadas diretamente no site do coletivo: www.odeiorodeio.com, onde também se encontram várias informações, fotos e vídeos sobre rodeios e outros assuntos que se referem à proteção animal.

OdeioRodeio - A verdade sobre os rodeios
Leandro Ativista
Fundador e secretário geral
MSN: kaelduanel@hotmail.com
E-mail: contato@odeiorodeio.com

Bom saber que cada vez mais pessoas denunciam as crueldades praticadas contra os animais em rodeios.

Fonte: Inst. Nina Rosa

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Medicina da UFRGS ensina sem usar animais

Passados dois anos desde que o sacrifício de animais foi abolido no curso, professores e alunos estão muito satisfeitos. Conflito ético foi o principal motivo para a troca por modelos artificiais nas aulas práticas.

Por Ulisses A. Nenê


O cãozinho é trazido do canil e chega faceiro; caminha até o grupo de alunos de medicina e lambe as pernas de um deles. O clima na sala fica pesado e ninguém quer anestesiar e cortar o bichinho. Alguns estudantes, constrangidos, ameaçam ir embora. Cenas como esta ou parecidas aconteceram por diversas vezes, nos muitos anos em que animais foram usados nas aulas práticas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/Ufrgs).

Era assim, anestesiando, cortando e costurando animais vivos (vivissecação), depois sacrificados, que os futuros médicos aprendiam as técnicas operatórias e outros conteúdos. Mas isto mudou em abril de 2007, quando a Famed tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais no ensino de graduação, no que foi seguida logo depois pela Faculdade de Medicina do ABC (SP).

Não estamos falando de uma instituição qualquer: fundada há 111 anos, a Famed é considerada a melhor faculdade de medicina do país, tendo conquistado o primeiro lugar no Exame Nacional de Desempenho Estudantil de 2008 (Enade). O conflito ético foi o principal motivo para que o curso abandonasse a vivissecação, adotando o emprego de modelos anatômicos artificiais que imitam órgãos e tecidos humanos.

Aprovação dos alunos

Passados dois anos, a medida tem a total aprovação de alunos e professores, que garantem não haver nenhum prejuízo para o aprendizado médico. Aluna do quarto semestre, Sabrina de Noronha, 22 anos, diz que sequer pensava que pudesse haver a utilização de animais quando ingressou na medicina. Ela já cursou disciplinas importantes, como fisiologia, anatomia, bioquímica, histologia, onde aconteciam aulas práticas com vivissecação, e não precisou passar por esta experiência.

As aulas de anatomia, por exemplo, só utilizam cadáveres humanos. “Não tivemos contato com animais em nenhum momento. Fiquei sabendo há pouco tempo que outras faculdades usam animais e achei isso horrível; a faculdade existe para formar profissionais que vão ajudar pessoas e para isso não precisamos maltratar outros seres, não seria ético; a gente tem tanto direito à vida quanto eles (animais), não vejo diferença”, diz a aluna.

Sua colega Bárbara Kipp, 22 anos, coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs concorda. Segundo ela, há outros métodos já bem desenvolvidos para se aprender as técnicas médicas sem precisar recorrer à vivissecação dos cães, coelhos e outros bichos. “Nunca usei animais no curso e estou aprendendo muito bem; não me sentiria à vontade se isso acontecesse e também não vejo ninguém, nenhum colega, sentindo falta”, afirma Bárbara.

“Abolimos o uso de animais porque hoje não se precisa mais disso”, destaca o diretor da Famed, o médico endocrinologista Mauro Antônio Czepielewski. Não faltaram razões, pois havia alunos que não concordavam com o sacrifício dos cães e outros bichos nas aulas. Além da questão ética, a pressão das entidades protetoras dos animais era cada vez maior, conta o diretor.

Também estava cada vez mais difícil conseguir os animais para servirem de cobaias, havendo ainda o problema de alojá-los e depois descartá-los, após serem sacrificados. Por isso, este procedimento vinha diminuindo ano á ano e quando foi abolido, em 2007, cerca de cinco ou seis animais ainda eram retalhados por semana nas mesas de cirurgia do curso.

Modelos artificiais

A mudança foi bastante discutida, e resultou na implantação de um Laboratório de Técnica Operatória, que funciona apenas com réplicas artificiais das partes do corpo humano, explica o diretor. O projeto todo, com reforma de instalações e aquisição dos modelos, importados, custou cerca de R$ 300 mil, com recursos da própria Ufrgs, Famed, Hospital de Clínicas (o hospital universitário) e Promed, um programa do Ministério da Saúde que incentiva mudanças nos currículos dos cursos de medicina. (clique aqui para ver fotos)

O médico Geraldo Sidiomar Duarte, que deixou o cargo de diretor do Departamento de Cirurgia no início do mês, foi o responsável pela implantação do moderno laboratório. “Era uma deficiência grave do curso (a técnica operatória), tínhamos problemas para obter o animal, onde deixá-los, os cuidados pós-operatórios e o Ministério Público e as entidades protetoras vinham se manifestando, havia muitas objeções que criaram um conjunto de dificuldades”, relata.

O trabalho era considerado insalubre e aconteciam muitos acidentes biológicos (quando alunos se cortam acidentalmente), com risco de infecção pelo sangue dos animais. Agora, o local é totalmente asséptico, não se vê uma gota de sangue no espaço de 120 metros quadrados. Duarte mostra uma peça sintética que imita perfeitamente a pele humana, inclusive na textura, onde os alunos podem fazer e refazer várias vezes cortes superficiais ou profundos, costuras e pontos. E os acidentes não acontecem mais, o risco é zero, acrescenta.

Outra peça imita um intestino, a ser costurado. Numa mesa ao lado, um tórax artificial permite o treino de punções em vasos profundos, como uma imitação da veia jugular cuja pulsação é possível sentir ao toque. Membros sintéticos apresentam ferimentos diversos a serem tratados cirurgicamente. O que parece ser apenas uma pequena caixa, com uma cobertura da cor da pele, representa a cavidade abdominal para a prática de cirurgia.

O médico e professor mostra catálogos com uma infinidade de órgãos artificiais que podem ser adquiridos: “Há modelos artificiais para todos os tipos de treinamento, pode-se montar um laboratório gigantesco com eles”, diz Duarte. “Estamos muito satisfeitos, e os alunos muito mais”, completa.

“Isso qualificou enormemente os alunos”, reforça Mauro Czepielewski, o diretor do curso. Ele acredita que esta é uma tendência irreversível e que o emprego de modelos artificiais acabará chegando a todas as faculdades de medicina, em substituição aos animais. Diversos cursos, do Rio Grande do Sul e de outros estados, já pediram informações sobre o laboratório da Famed. “A consciência do não-uso de animais é importante para fortalecer uma visão de valorização da vida”, afirma.

O diretor apenas considera muito difícil substituir animais na área de pesquisa, na pós-graduação. Mas garante que os procedimentos, neste caso, seguem rigorosos requisitos do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, com uso controlado e número limitado dos animais que servem de cobaias.

Objeção de consciência

O debate ético sobre vivissecação ganhou impulso no Estado a partir da atitude de um aluno do curso de Biologia, Róber Bachinski, que ingressou na justiça, em 2007, para ser dispensado das aulas que sacrificam animais, alegando objeção de consciência. Chegou a ganhar uma liminar, mas ela foi cassada, mediante recurso da Ufrgs, e o caso segue tramitando no Judiciário.

Segundo ele, a abolição do uso de animais na Famed reflete uma tendência mundial: “Ao abolir o uso de animais a Famed mais uma vez demonstra a sua qualidade no ensino e o seu avanço ético e metodológico. Espero que outras universidades e cursos também sigam esse modelo e que esses métodos de ensino sejam divulgados”.

Bachinski diz ainda que a abolição do uso de animais em disciplinas da medicina comprova que é possível a sua abolição em outros cursos com disciplinas equivalentes, como na farmácia, educação física, psicologia, enfermagem, biologia, veterinária. Na opinião do estudante, um novo paradigma educacional precisa ser criado, levando em conta não apenas o bem estar da sociedade e do aluno, mas também o respeito aos direitos básicos dos outros animais.

EcoAgência de Notícias

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Veterinária usa 'jipão' para fazer castração pelo interior de SP


Contatos com a dra. Amélia Margarida de Oliveira:

(11) 5062-8522 ou 2592-2645
ameliavet@hotmail.com
http://www.veterinariosnaestrada.com.br/


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1114633-5605,00.html

Veterinária de SP viaja pelo interior do estado para castrar cães e gatos.
Em casos de falta de estrutura, carro vira consultório itinerante.

Claudia Silveira Do G1, em São Paulo

O sonho de consumo da veterinária Amelia Margarido era um ter um jipão na garagem. No Dias das Mães do ano passado, ela se deu uma Land Rover de presente e pegou a estrada. Durante uma de suas viagens a mais de 100 km/h Amélia percebeu que, com um pouco de criatividade, poderia usar o carro para suprir a carência de atendimento veterinário em pequenas cidades do interior paulista, sobretudo aquelas em que a população não dispõe de nenhum veterinário nas proximidades.

Assim, surgiu o Veterinários na Estrada. Acompanhada de outros colegas de profissão, Amélia improvisa um consultório médico onde houver teto e parede. Se a cidadezinha visitada não tiver infra-estrutura, não tem problema, ela monta uma espécie de tenda, criada especialmente para ser usada com o jipão e onde há isolamento necessário para fazer as cirurgias de castração, sua principal propósito quando pega a estrada.

“Como o meu objetivo é ir aonde ninguém vai, não há a desculpa de que não tem um lugar adequado para fazer o atendimento. É como um hospital de campanha em situação de guerra: arma a barraca onde tiver espaço e pronto”, afirma a veterinária que já viajou para Joanópolis e Igaratá, no interior de São Paulo, e para Maresias, no litoral paulista. São Tomé das Letras, já em Minas Gerais, foi a cidade mais longe para a qual o jipão e a equipe de Amélia viajou.

“Na primeira vez que fomos lá, a gente não tinha nem energia elétrica”, relembra. O pré-atendimento era feito na rua e só as cirurgias eram feitas na cabana improvisada.

A última viagem dos veterinários foi para para Santa Bárbara, bairro rural de São Francisco Xavier, um distrito que fica a quase 60 km do centro de São José dos Campos e onde o aparelho celular fica sem serviço ou pega muito mal.

Mutirão da castração

A mobilização nas cidadezinhas visitadas começa muito antes do jipão chegar por lá, conta Amélia. Protetores de animais voluntários divulgam com antecedência o mutirão da castração e tentam conscientizar a população, tanto urbana como rural, da importância de esterilizar cães e gatos para evitar a superpopulação desses animais pelas ruas.

O principal empecilho para a adesão total da população é a cobrança de uma taxa para castrar os cães e gatos, que varia de R$ 25 a R$ 50, dependendo do animal. As voluntárias contam que o dinheiro é usado para cobrir as despesas com material cirúrgico, como lâminas, luvas, sedativo e seringa e esterilização.

“Nós pensamos no bem-estar animal e na saúde pública, porque um cachorro ou gato abandonado tem doenças e pode transmiti-las para qualquer pessoa”, diz a professora aposentada Glória Marczik, moradora de São Francisco Xavier e voluntária nos mutirões.

Em trabalho conjunto com a artista plástica Vera de Almeida, também moradora da cidade, Glória preenche o “livro de ouro”, onde mantêm o controle do dinheiro conseguido por meio de doações. Nesse caso, o dinheiro é usado para comprar materiais cirúrgicos e cobrir as cirurgias de castração em animais de quem não pode pagar.

“A gente faz de tudo e pede qualquer ajuda porque na zona rural há o hábito de castrar os animais a sangue frio, sem anestesia, e não há qualquer cuidado para evitar infecção”, conta Vera.

Mãos à obra

Na visita a São Francisco Xavier, a equipe comandada pela veterinária Amélia tinha uma lista com cerca de 70 animais para atender, entre cães e gatos. Os veterinários tiveram a sorte de contar com a infra-estrutura de uma escola desativada. Em uma sala eram realizadas as cirurgias e, em outra, ficava o atendimento pré-cirúrgico e o pós-operatório, onde os animais são mantidos ainda sedados.

Se o objetivo inicial é a castração, o exame clínico que antecede a cirurgia também serve para detectar outras doenças. Foi o caso de uma gata siamesa que chegou para ser castrada, mas se constatou que ela tinha parasitas subcutâneos maiores que um caroço de feijão.

Em um mutirão o trabalho não pára. A faxineira Ângela Maria Gomes chegou cedo para castrar a sua gata de estimação e os seis filhotinhos. “Eu falei para o meu marido para guardamos dinheiro, mas eu só consegui o suficiente para castrar a mãe e ia deixar os filhotes para depois. Mas me disseram que eu podia vir, porque se dava um jeito”, conta Ângela, que ainda parcelou a castração da sua gata Lili.

A técnica de castração usada pela equipe é conhecida como “do gancho”. A veterinária Amélia explica que essa técnica é menos invasiva pois faz uma incisão pouco maior que 1 cm, enquanto a castração convencional chega a fazer uma incisão de 10 cm. “É essencialmente técnica e precisa ter o dom da cirurgia, assim como se precisa ter um dom para escrever, atuar ou fotografar”, diz Amélia.

“A gente corta e invade o menos possível. É mais econômico para o veterinário e menos doloroso para o animal, que também se recupera mais rápido”, complementa a veterinária Anabela dos Santos, que ressalta ainda a necessidade de ser um procedimento menos invasivo pois a infra-estrutura costuma ser improvisada e o animal não terá o acompanhamento pós-cirúrgico.

Como o próprio nome diz, os Veterinários na Estrada precisam voltar para casa, em São Paulo, mas saem de cada cidade com a sensação de melhorar tanto a vida dos animais quanto da população local.

Campanha urgente pelos Gorilas das Montanhas e Guardas Florestais da República Democrática do Congo





Fonte: http://www.gorillashelp.com/3.html

ONG com base em Goma (RDC) precisa arrecadar verba
para garantir a vida dos bebês-gorilas órfãos e dos guardas
florestais que tiveram que abandonar suas casas às pressas

Acompanhem a situação: www.gorilla.cd

As gorilinhas Ndeze e Ndakasi (vide Photos), brincam
descontraidamente com os guardas florestais do Centro de Resgate
da ONG Gorilla CD, em Goma, República Democrática do
Congo (RDC) no video http://www.youtube.com/watch?v=lso1zOsOmeA.
Ao fundo da filmagem se ouve sons do conflito que assolou o
país nos últimos meses e se agravou em novembro. Já são 250 mil refugiados.

O vídeo foi gravado no início de novembro e é uma linda cena,
bastante semelhante a que vemos entre nossas crianças. Infelizmente,
Goma está cercada pelos soldados do general Laurent Nkunda. Num
recente pré-acordo de paz, Nkunda disse que manterá trégua enquanto
Congo e Rwanda tentam eliminar problemas étnicos.

Desde agosto uma missão da ONU tenta controlar a situação no Congo.
De 17 mil, a ONU pretende aumentar para 20 mil o número de soldados.

Como AJUDAR as maiores vítimas

Numa situação caótica como esta, nada mais urgente que pensar nas
pesssoas indefesas, mulheres e crianças que deixaram suas casas. Mas também
há um precioso tesouro da natureza em jogo, talvez o maior tesouro que
a África já teve e está perdendo. Só existem cerca de 600 Gorilas das
Montanhas no mundo (número quase insuficiente para a perpetuação
da espécie uma vez que os gorilas, assim como nós, não se reproduzem
com parentes próximos como irmãos e filhos. E apenas nasce um bebê
em cada gestação que fica aos cuidados da mãe até seus 7 ou 8 anos de
idade). Somente 200 gorilas (agora certamente bem menos) vivem na
região do Parque Nacional de Virunga, na RDC, tomada pelos rebeldes.

Os guardas florestais e suas famílias fugiram... estão perdidos na mata
ou em campos de refugiados numa situação desoladora. Não há
informações precisas sobre feridos ou mortos em Virunga. Ninguém
mais conseguiu entrar no território dos gorilas. Sabe-se que alguns
guardas vagam pela região sem comida e estão rodeados por grupos
armados. Uma campanha mundial visa arrecadar verba para ajudar
os guardas florestais. Essa e outras maneiras de ajudar estão no site
www.gorilla.cd

Patrimônio da Humanidade

O pior é que os Gorilas das Montanhas são extremamente pacíficos e
estão acostumados ao convívio com humanos, por isso ficam ainda
mais vulneráveis aos caçadores, traficantes e qualquer outro inimigo.
É por não saberem se defender que estão beirando à extinção e essa,
ao que parece, está chegando muito, muito depressa. Vale lembrar que
esse problema não é só dos africanos porque o Parque Nacional de
Virunga, incluindo os Gorilas das Montanhas que nele vivem, constam
da lista de Patrimônios da Humanidade da UNESCO. Assim sendo, a
preservação desse valioso patrimônio também é nosso dever.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Vitória animal na Bolívia: Bolívia é o primeiro país no mundo a banir animais em circos

‏ 06 de julho de 2009
Tradução: Marcela Couto (da Redação)

A organização em prol dos animais Animal Defenders International (ADI) comemora a decisão do presidente da Bolívia Evo Morales de assinar uma nova lei que proíbe o uso de animais em circos. Após passar pelo Congresso com sucesso, o projeto chegou ao presidente e deverá entrar em vigor nas próximas semanas.

A lei, apresentada pela congressista Ximena Flores of Potosi, surgiu como resultado das evidências encontradas em uma investigação secreta da ADI. Foram encontrados nos circos leões confinados em pequenas jaulas atrás dos caminhões (duas leoas estavam grávidas e continuavam sendo abusadas), um mandril igualmente confinado, três ursos presos em compartimentos de apenas 2,5 x 3 m, dentre outros animais em situação semelhante. O único exercício que estes animais podiam fazer era a caminhada do picadeiro até a jaula e vice-versa. Também não foram encontrados quaisquer métodos de proteção para os animais que dançavam e se equilibravam em bicicletas. Todas as descobertas da investigação foram reportadas ao Congresso juntamente com um relatório da ADI contendo evidências científicas do sofrimento dos animais abusados em circos, intitulado “A ciência no sofrimento”.

A nova lei proíbe o uso de animais domésticos e selvagens em circos em toda a Bolívia, considerando que seu confinamento, privação e maus-tratos são atos de crueldade extrema. Os circos terão o prazo de um ano para adequar-se completamente à nova regra, e durante esse período serão duramente fiscalizados pelo governo.

Esta é a primeira lei nacional a proibir o uso de animais domésticos e selvagens em circos, já que países como Áustria, Costa Rica, Finlândia e Dinamarca proíbem apenas o uso dos animais selvagens ou de determinadas espécies. Em reconhecimento da atitude ética de Morales, a ADI presenteou o governo boliviano com o prêmio Toto Award em conservação e proteção animal.

Jan Creamer, chefe executivo da ADI, declarou: “Este é um dia histórico para os animais de circo. As investigações sigilosas, a pesquisa científica e o trabalho duro de nossos colaboradores na Bolívia fez uma grande diferença para os animais, que será divulgada mundo afora. A Bolívia é o primeiro país latino a proibir o uso de animais em circos e também o primeiro do mundo a proibir o uso dos animais domésticos. Nós aplaudimos a atitude do presidente Evo Morales por dar o maior passo rumo à proteção animal na América do Sul, esperamos que o resto do mundo siga seu exemplo. Agradecemos igualmente a congressista Flores pelos esforços e todas as organizações locais que apoiaram o trabalho da ADI e trabalharam incessantemente para transformar o projeto em uma lei definitiva. “

Sobre a Animal Defenders International

Com escritórios em Londres, São Francisco e Bogotá, a ADI promove a proteção dos animais no entretenimento, fim dos testes em animais, o fim do tráfico de animais, o vegetarianismo e a proteção ambiental. A ADI também resgata animais vítimas de crueldade. Os esforços da organização têm gerado inúmeras campanhas e projetos de lei a favor dos animais em todo o mundo.

Com informações de Animal Defenders International

Fonte: Agência de notícias ANDA : http://www.anda.jor.br/?p=8983

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Prefeita de Sidney defende o fim da comercialização de animais em pet shops

Austrália


05 de julho de 2009

Por Adriane R. de O. Grey (da redação - Austrália)

Você se choca ao ver as dezenas de milhares de animais de estimação sendo criados e comercializados para em curto espaço de tempo serem descartados e eutanasiados? Leia esta matéria e conheça a luta de Clover Moore, prefeita de Sydney, Austrália, para reverter esta situação no estado de New South Wales.

imagem de cães para venda

A Austrália tem o maior número de animais domésticos per capita no mundo. Paradoxalmente, somente no estado de New South Wales, mais de 50.000 cães e gatos são descartados e mortos anualmente pelos CCZs. Animais abandonados em reservas florestais não estão incluídos nesta estatística. Protetores incansáveis resgatam, abrigam e acomodam outros tantos animais em novos lares, dedicando seu próprio tempo e dinheiro para limpar a sujeira deixada pela “indústria pet”.

imagem da prefeita clover mooreA representante do distrito eleitoral de Sydney na Assembléia Legislativa de New South Wales e prefeita desta cidade, Clover Moore, propôs, em 2007, um projeto de lei em que regulamenta a criação animais domésticos no estado e reduz a comercialização de cães e gatos a criadores credenciados e supervisionados pelas autoridades, a abrigos, associações protetoras de animais e CCZs e a veterinários que tiverem animais a serem reencaminhados para adoção. O governo estadual respondeu a seu projeto de lei com um Código de Conduta para as Pet Shops que apresenta uma ética bem-estarista. Um boicote claro à reforma proposta por Moore: mais conforto para os animais nas lojas, mas nenhuma medida que cesse a produção em massa de filhotes e o apelo ao consumo compulsivo.

Em 14 de novembro de 2008, Moore reapresentou o projeto de lei a seus colegas na Assembléia Legislativa, seguindo sugestões de protetores e amantes de animais de todo o país. Em sua argumentação, Moore explicou que as pet shops consideram e tratam seus animais como mero produto, estimulando seu consumo impulsivo sem prover ao comprador informações essenciais para criação adequada de cães e gatos. Qualquer pessoa pode comprar um animal doméstico, desde que portadora de cartão de crédito.

imagem de cães filhotes para vendaGrande parte dos cães e gatos comercializados pelas pets, senão todos, não são vendidos castrados, o que sugere uma forte probabilidade de transformarem-se em reprodutores exponenciais de filhotes. Criadores sérios raramente vendem seus filhotes às pets, explica Moore.

Infere-se, portanto, que os animais vendidos nas lojas provêm da produção em massa dos criadouros, onde há superpopulação de cães e gatos vivendo em condições insalubres que determinam uma saúde frágil como muitos de seus compradores constatam posteriormente. Fêmeas são forçadas a procriar continuamente e, quando seu potencial reprodutivo baixa ou cessa, são assassinadas e descartadas.

Moore ainda destaca que animais que vivem sob confinamento, sem a possibilidade de expressarem sua natureza e de exercitarem-se fisicamente e com contato escasso com seres humanos, tendem a desenvolver problemas de comportamento. Por este motivo são eutanasiados ainda jovens, muitas vezes pela própria indústria do lucro que gera e desenvolve estes problemas. Pune-se a vítima e não o responsável por este ciclo de sofrimento hipócrita e cruel.

Outros grandes veículos que contribuem para a venda indiscriminada de animais domésticos são os classificados de jornais e a internet, acusa Moore, endossando o processo antiético que trata cães e gatos como simples mercadoria.

imagem de gatinhosAlém de banir a venda destes animais, Moore propõe em seu projeto de lei que proprietários que não resgatarem animais eventualmente recolhidos pelo CCZs sejam considerados infratores, bem como aqueles que não buscarem seus cães ou gatos encontrados e encaminhados a abrigos ou associações protetoras de animais. Moore ainda requer como obrigatória uma carta informativa a potenciais compradores com descrição dos custos e dos cuidados que exige um animal doméstico.

O conceito de venda preponderante nas lojas deve ser substituído pelo de adoção proveniente dos abrigos e das associações protetoras de animais, afirma Moore, que traduz muito mais eficientemente as responsabilidades envolvidas na “posse” de um animal de estimação. Se a “indústria pet” não tem nada a esconder, ela apoiará este projeto de lei, conclama Moore.

Algumas campanhas foram desenvolvidas com o objetivo específico de aprovar este projeto de lei. São elas: Paws for Action (www.pawsforaction.com), Death Row Pets (www.deathrowpets.net) e Lead the Way (www.leadtheway.org.au). Se você também ama cães e gatos e deseja que eles sejam tratados com o respeito que merecem, acesse estes sites, informe-se, assine a petição e divulgue esta idéia no Brasil.




quarta-feira, 1 de julho de 2009

Naturalmente como humanos - somos todos filhos do Mesmo Criador






E tem gente que, chamando alguém de animal, acha que está ofendendo o outro ...


Veja que fotos interessantes... Além do olhar de satisfação - praticamente humana - desta chimpanzé, há uma foto que ela está rindo... o que os 'estudiosos' dizem que só nós - humanos - temos capacidade...




Algo fantástico e belo!

QUE MARAVILHA.


Além da beleza soberba
das fotografias, é maravilhoso o afecto que se pode criar entre espécies tão distintas.

Quando o furação Hannah separou dois tigres brancos da sua mãe, Anjana veio em seu salvamento. Anjana é uma chimpanzé. Ela assentou bem no papel de mãe, oferecendo carinho, brincando e ajudando mesmo com a alimentação.

Ela passa grande parte do dia dedicada aos tigres e sente-se feliz com o papel que desempenha, e os tigres brancos estão verdadeiramente deliciados com a sua "mãe".


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Em 2003, a policia de Warwckshire, Inglaterra, abriu um galpão de um jardim e encontrou ali um cão choroso e encolhido. Ele havia sido trancado e abandonado no galpão. Estava sujo, desnutrido e claramente maltratado.


Num ato de bondade, a policia levou o cão para um abrigo próximo, o Nuneaton Warwickshire Wildlife Sanctuary, dirigido por um homem chamado Geoff Grewcock. Lugar este conhecido como um paraiso para animais abandonados, orfãos ou com outra qualquer necessidade.
Geoff e a equipe do Santuário trabalharam com dois objetivos: restaurar a completa saude do animal, e ganhar sua
confiança. Levou varias semanas, mas finalmente os dois objetivos foram alcançados.

Deram a ela o nome de Jasmine, e começaram a pensar em encontrar para ela um lar adotivo

Mas Jasmine tinha outras ideias. Ninguém se lembra como começou, mas ela passou a dar as boas vindas a todos animais que chegavam ao Santuário. Não importava se era um cachorrinho, um filhote de raposa, um coelho ou qualquer outro animal perdido ou ferido. Jasmine se esgueirava para dentro da caixa ou gaiola e os recebia com uma lambida de boas vindas.

Geoff conta um dos primeiros incidentes: " Nós tinhamos dois cachorrinhos que foram abandonados numa linha de trem próxima. Um era um mestiço de Lakeland Terrier e o outro um mestiço de Jack Russel Doberman.

Eles eram bem pequenos quando chegaram ao centro e Jasmine aproximou-se e abocanhou um pelo cangote e colocou-o em uma almofada. Aí ela trouxe o outro e aconchegou-se a eles, acarinhando-os"

" Mas ela é assim com todos os nossos animais, até com os coelhos. Ela os acalma e desestressa e isto os ajuda ,não só a ficarem mais próximos a ela mas também a se adaptarem ao novo ambiente"

" Ela fez o mesmo com filhotes de raposa e de texugos: ela lambe os coelhos e os porcos da Guiné e ainda deixa os pássaros empoleirarem-se em seu nariz"

Jasmine, a tímida, maltratada, pária abandonada, tornou-se a mãe substituta dos animais do Santuário, um papel para o qual ela nasceu.

A lista de jovens animais dos quais ela cuidou inclui cinco filhotes de raposa, quatro filhotes de texugo, quinze galinhas, oito porcos da Guiné, dois cachorrinhos e quinze coelhos. E um cervo montês. O pequeno Bramble, com 11 semanas de idade, foi encontrado semi-consciente em um campo. Na chegada ao Santuário, Jasmine aconchegou-se a ele para mantê-lo aquecido e assumiu inteiramente o papel de mãe substituta. Jasmine cumula Bramble de afeição e não deixa que nada lhe falte.

" Eles são inseparáveis", diz Geoff. " Bramble anda entre suas pernas e eles ficam se beijando...Eles passeiam juntos pelo Santuário. É um prazer ve-los"

Jasmine continuará cuidando de Bramble até que ele possa voltar a viver na floresta.


Quando isto acontecer, Jasmine não estará sozinha. Ela estará muito ocupada distribuindo amor e carinho ao próximo orfão ou a próxima vitima de abusos e maltratos

UM VERDADEIRO EXEMPLO DE AMOR INCONDICIONAL!

VOCÊ CONHECE MUITOS SERES "HUMANOS" CAPAZES DISSO???

... JASMINE ESTÁ AÍ PARA ENSINAR...

sábado, 9 de maio de 2009

JASMINE

Em 2003, a policia de Warwckshire, Inglaterra, abriu um galpão de um jardim e encontrou ali um cão choroso e encolhido. Ele havia sido trancado e abandonado no galpão. Estava sujo, desnutrido e claramente maltratado.


Num ato de bondade, a policia levou o cão para um abrigo próximo, o Nuneaton Warwickshire Wildlife Sanctuary, dirigido por um homem chamado Geoff Grewcock. Lugar este conhecido como um paraíso para animais abandonados, órfãos ou com outra qualquer necessidade.
Geoff e a equipe do Santuário trabalharam com dois objetivos: restaurar a completa saúde do animal, e ganhar sua
confiança.Levou varias semanas,mas finalmente os dois objetivos foram alcançados.

Deram a ela o nome de Jasmine, e começaram a pensar em encontrar para ela um lar adotivo

Mas Jasmine tinha outras idéias. Ninguém se lembra como começou, mas ela passou a dar as boas vindas a todos animais que chegavam ao Santuário. Não importava se era um cachorrinho, um filhote de raposa, um coelho ou qualquer outro animal perdido ou ferido. Jasmine se esgueirava para dentro da caixa ou gaiola e os recebia com uma lambida de boas vindas.

Geoff conta um dos primeiros incidentes: " Nós tínhamos dois cachorrinhos que foram abandonados numa linha de trem próxima. Um era um mestiço de Lakeland Terrier e o outro um mestiço de Jack Russel Doberman.

Eles eram bem pequenos quando chegaram ao centro e Jasmine aproximou-se e abocanhou um pelo cangote e colocou-o em uma almofada. Aí ela trouxe o outro e aconchegou-se a eles, acarinhando- os"

" Mas ela é assim com todos os nossos animais, até com os coelhos. Ela os acalma e desestressa e isto os ajuda ,não só a ficarem mais próximos a ela mas também a se adaptarem ao novo ambiente"

" Ela fez o mesmo com filhotes de raposa e de texugos: ela lambe os coelhos e os porcos da Guiné e ainda deixa os pássaros empoleirarem- se em seu nariz"

Jasmine, a tímida, maltratada, pária abandonada, tornou-se a mãe substituta dos animais do Santuário, um papel para o qual ela nasceu.

A lista de jovens animais dos quais ela cuidou inclui cinco filhotes de raposa, quatro filhotes de texugo, quinze galinhas, oito porcos da Guiné, dois cachorrinhos e quinze coelhos. E um cervo montês. O pequeno Bramble, com 11 semanas de idade, foi encontrado semi-consciente em um campo. Na chegada ao Santuário, Jasmine aconchegou-se a ele para mante-lo aquecido e assumiu inteiramente o papel de mãe substituta. Jasmine cumula Bramble de afeição e não deixa que nada lhe falte.

" Eles são inseparáveis", diz Geoff. " Bramble anda entre suas pernas e eles ficam se beijando...Eles passeiam juntos pelo Santuário. É um prazer ve-los"

Jasmine continuará cuidando de Bramble até que ele possa voltar a viver na floresta.


Quando isto acontecer, Jasmine não estará sozinha. Ela estará muito ocupada distribuindo amor e carinho ao próximo órfão ou `a próxima vitima de abusos e maltratos

UM VERDADEIRO EXEMPLO DE AMOR INCONDICIONAL!

VOCÊ CONHECE MUITOS SERES CAPAZES DISSO???

... JASMINE ESTÁ AÍ PARA ENSINAR...

terça-feira, 5 de maio de 2009

UNIÃO EUROPÉIA FAZ HISTÓRIA COM PROIBIÇÃO DO COMÉRCIO DE PRODUTOS DERIVADOS DE FOCAS


UNIÃO EUROPÉIA PROÍBE COMÉRCIO DE FOCAS

O Parlamento Europeu aprovou hoje a proibição definitiva do comércio de produtos derivados de foca. Uma votação que põe fim a um processo iniciado em 2006 com a assinatura de uma declaração então elaborada por 425 eurodeputados.
A nova legislação proíbe a venda de produtos transformados, ou não, incluindo a carne, gordura, órgãos e peles daqueles animais.
A proíbição inclui a comercialização de casacos, gorros ou produtos farmacêuticos obtidos a partir das focas.
O diploma é uma reivindicação antiga de organizações protectoras dos direitos dos animais mas também tem opositores.
A Noruega, que não pertence à União Europeia, diz que a nova lei limita a liberdade de gerir os seus próprios recursos marinhos. Oslo ameaça submeter uma queixa junto da Organização Mundial do Comércio. Uma intenção que o Canadá, o país que mais caça focas no planeta, também já manifestou.
As novas regras, que também se aplicam às exportações, excluem apenas as comunidades esquimós e outras populações aborígenes que tradicionalmente vivem da caça à foca.
Outra excepção é a prática segundo a qual os animais são caçados como forma de manter o equilíbrio dos recursos marinhos.


PRONUNCIAMENTO DA HUMANE SOCIETY INTERNATIONAL
A Humane Society International aplaude esta importante vitória para as focas
ESTRASBURGO, França, 5 de maio /PRNewswire/
A Humane Society International (Sociedade Humanitária Internacional) parabenizou o Parlamento Europeu por ter votado, em sua maioria, a favor de uma forte proibição do comércio de produtos derivados de focas.
"A votação de hoje no Parlamento Europeu marca uma vitória histórica da campanha para por fim à matança comercial das focas em todo o mundo", disse Mark Glover, Diretor da Humane Society International/Reino Unido. "A União Européia agiu em nome de seus cidadãos e sua decisão irá salvar milhões de focas de um horrível destino".

"A União Européia está fazendo história com o fim do comércio dos produtos derivados de focas", disse Rebecca Aldworth, Diretora da Humane Society International/Canadá. "Esta proibição dá início ao fim da globalmente condenada matança de focas no Canadá".
O Parlamento votou a favor de uma forte Regulamentação a qual irá eliminar a colocação de produtos derivados de focas no mercado da União Européia, fechando um dos principais mercados para a caça comercial às focas do Canadá. O Conselho e a Comissão já chegaram a um acordo quanto ao texto, tornando o voto do plenário da terça-feira o último passo para a obtenção da regulamentação. Em vista da maioria dos votos a favor da regulamentação acordada pelo Parlamento, a regulamentação entrará em vigor em 2010.
A União Européia tem sido um dos principais mercados para a indústria canadense de produtos derivados de focas, responsável por cerca de um terço das exportações registradas de peles de focas. Globalmente, a União Européia é responsável por um quarto do comércio mundial de produtos derivados de focas. Nos últimos anos, 11 países proibiram seu comércio de produtos derivados de focas ou anunciaram sua intenção de fazê-lo. Eles se unem aos Estados Unidos, que proibiu o comércio de produtos derivados de focas em 1972.


quinta-feira, 16 de abril de 2009

PROJETO DE EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA EM GUARDA RESPONSÁVEL E MEIO AMBIENTE


Participe e divulgue o evento "Toca dos Bichos"

PROJETO “TOCA DOS BICHOS”

Brincadeiras Educativas sobre bem-estar animal e meio ambiente

Dia 26 de abril de 2009

A partir das 14 horas

No Parque Ecológico Educativo

Av. Benedito Rodrigues Lisboa, 1300

Em frente ao Cemitério da Paz

Realização:

PROAMBI – Protetores do Amigo Bicho

Parcerias:

Secretaria Municipal de Educação/Parque Ecológico Educativo

FAPERP

sexta-feira, 27 de março de 2009

HORA DO PLANETA



O WWF-Brasil participa pela primeira vez da Hora do Planeta, um ato simbólico, que será realizado dia 28 de março, às 20h30, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.
Por que participar? O ano de 2009 é crucial para o futuro do planeta, pois os países precisam assinar um acordo internacional com medidas para combater o aquecimento global.
Será um ano de mobilização para que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, na Dinamarca, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa.
No Brasil, o desmatamento das nossas florestas – principalmente Amazônia e Cerrado –, é responsável por 75% das emissões de CO2, o principal causador do aquecimento global.
No entanto, as emissões de outras fontes, como agricultura, energia elétrica, entre outras, não devem ser menosprezadas dentro de um caminho de desenvolvimento limpo.
Faça a sua parte...

MAIS INFORMAÇÕES: http://www.wwf.org.br/informacoes/horadoplaneta/

quarta-feira, 18 de março de 2009

Relatório aponta esgotamento de água potável em menos de 20 anos

O mundo corre um grave risco de sofrer com a falta de água doce em menos de 20 anos, em consequência do aumento constante da demanda, que cresce em ritmo mais rápido que a população mundial; O alerta está em um relatório publicado no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), que terminou no domingo (1º).

"Em menos de 20 anos, a falta de água poderá fazer com que Índia e Estados Unidos percam a totalidade de suas colheitas", afirmam os autores do estudo, destacando que, paralelamente, a procura por alimentos explodirá.

Segundo o relatório, muitos lugares do mundo estão a ponto de esgotar suas reservas de água, sobretudo em consequência de uma política especulativa por parte dos governos, ao longo dos últimos 50 anos.

"No futuro, o mundo não poderá simplesmente administrar a questão da água como tem feito no presente", aponta o texto. Cerca de 40% dos recursos aquíferos dos Estados Unidos são destinados à produção energética, enquanto apenas 3% vão para o consumo doméstico.

As necessidades de água para produzir energia devem aumentar 165% nos Estados Unidos e 130% na União Europeia, de acordo com o estudo.

O relatório também calcula que, no atual ritmo de derretimento, a maioria das geleiras do Himalaia e do Tibet terão desaparecido até 2100, e que 70 grandes rios do mundo secarão devido aos sistemas de irrigação para a agricultura.
(Fonte: Folha Online)
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enquanto isso...
Governo aumenta área de agropecuária
na Amazônia
05 de fevereiro de 2009
---
Você sabia?
que são necessários 1440 litros de
água para produzir um filé de 300g de
porco?
1000 litros de água para produzir 1 litro de leite?
5000 litros de água para produzir 1 kg. de
queijo?
16 mil litros de água para aproduzir 1 kg.
de carne bovina?
o Brasil produz 6,3 milhões de
toneladas por ano de carne bovina?
o Brasil exporta mais de
2,4 bilhões dólares/ano em produtos e
derivados de carnes?
E você?
Se orgulha disso?
Faça o cálculo da quantidade de água que
gastamos para produzir as 6,3 toneladas de
carne bovina por ano antes de responder.
100.800.000.000.000 litros de água por ano são necessários para termos
a produção de carne bovina acima
referida.
Fora as aves, suínos, coelhos
e derivados.
Assustou?
Para sermos o frigorífico do mundo
estamos acabando com as nossas
florestas e a nossa água potável.
Isso sem falar no terror por que
passam os animais da criação intensiva.
Veja aqui, lembrando que os animais
têm a mesma constituição neurólógica
que nós e, portanto, também sofrem,
sentem dor, ansiedade e medo.
Você sabia?
que 1.750 animais brasileiros se afogaram,
em 2007, quando um navio de transporte de animais vivos afundou parcialmente num porto da Venezuela, e os seus restos em decomposição contaminaram as praias e linha costeira?
que a cada semana, milhares de bois e vacas são submetidos a uma jornada de três semanas desde o porto amazônico de Belém, no Brasil, até Beirute, no Líbano?
criação intensiva
de onde vem o seu alimento
Assista os documentários
(cenas fortes, cuidado)
Earthlings
O filme mostra como funcionam as fazendas industriais e relata a dependência da humanidade sobre os animais para obter alimentação, vestuário e diversão, além do uso em experimentos científicos. Compara o especismo da espécie humana com outras relações de dominação, como o racismo e o sexismo.
Clique aqui para assistir Terráqueos(Earthlings)
A carne é fraca
Documentário sobre os impactos que
o ato de comer carne representa para
a saúde humana, para os animais para
o meio-ambiente.
Clique aqui para assistir A Carne é fraca
---
Leia mais
Calcule a sua pegada de água
Mude o mundo
Impactos ambientais da produção de carne
A pecuária e a mudança climática
---
quer atuar?
seja vegetariano
pelos animais
pela sua saúde
pelo planeta
pela humanidade

segunda-feira, 16 de março de 2009

Mitos e verdades sobre vira-latas


Por Cristiano Baldi - Especial para o Yahoo!


Um cão sem raça definida (SRD) é aquele que não tem a origem definida em um pedigree, que é um certificado que atesta a ascendência do animal. Já o termo vira-lata se refere ao comportamento de muitos cães SRD que, abandonados, vagam famintos pelas ruas, revirando latas de lixo atrás de algo para comer.


Um cão SRD abandonado, ao menos em teoria, deixa de ser um vira-lata depois de ser adotado por alguém. E isso vem acontecendo cada vez mais: adotar cães abandonados virou na moda.


Cada vez mais gente prefere escolher um vira-lata, em um abrigo para animais, a comprar um cãozinho de raça. Este é de fato um hábito muito saudável que, além de diminuir a população de animais abandonados em nossas cidades, ajuda no controle das zoonoses.


Mas junto com a popularização da prática, surgiram alguns mitos.


O primeiro deles é de que ao adotar um vira-lata filhote, ao contrário do que acontece com os cães de raça, não se pode saber qual o temperamento e o tamanho que ele terá quando adulto.

A verdade é que o temperamento depende muito mais da criação do que da raça. Assim, se o bichinho for tratado com amor e respeito, provavelmente será dócil e carinhoso. E o tamanho pode sim ser estimado. Segundo a veterinária gaúcha Fernanda Pante, que trabalhou por alguns anos em um abrigo para animais abandonados em Caxias do Sul, a partir dos dois meses já é possível intuir o porte. "Há alguns indícios, como o tamanho das patas e um ossinho no crânio, chamado crista do occiptal, que é mais proeminente em raças maiores", diz ela.


Fernanda, que adotou dois vira-latas, desfaz também outro mito: "algumas pessoas adotam cães adultos achando que o manejo é simples, que não dá trabalho e que eles aprenderão rápido.

Mas há cães adultos que tem um manejo mais complicado. Antes de adotar um animal adulto é preciso se informar sobre a personalidade dele. Será que o bichinho é adequado para aquilo que estou procurando?".


Outra crença muito comum reza que os vira-latas seriam mais inteligentes.

O publicitário, ator e locutor gaúcho Rafa Tombini, dono do Pirata, um simpático SRD malhado, concorda: "eles são mais amigos e mais inteligentes e por isso podem parecer um pouco agitados". Segundo Fernanda, isso pode até ser verdade, mas talvez não seja uma característica genética: "a gente nota que eles são extremamente espertos. Muitos animais que vieram da rua passaram por condições bem difíceis. É possível que por isso eles tenham aprendido a se virar melhor, de um jeito mais criativo."


A crença de que os cães vira-latas seriam mais resistentes a doenças também é verdadeira. Os cães de raça, por terem menor variedade genética, ficam mais suscetíveis a moléstias. "O vira-lata tende a ser mais resistente justamente por conta de uma grande mistura de genes", diz Fernanda.


Ao adotar um vira-lata, além de arrumar um amigão, você estará fazendo uma boa ação para toda a sociedade. Mas não esqueça: o mais importante para quem deseja ter um cãozinho é o comprometimento. Seja de raça ou não, o animal precisa de cuidado, carinho e dedicação. Se nada disso faltar, a sua história certamente terá um final feliz.

Matéria retirada do site yahoo-notícias

http://br.noticias.yahoo.com/s/13032009/48/entretenimento-mitos-verdades-vira-latas.html

Homem brinca com leoa em rio na África do Sul

Para muitos, uma insanidade. Para Kevin Richardson, um prazer. O zoológo costuma se refrescar em um rio na África do Sul ao lado de uma leoa - a Meg. Os dois são bons amigos, garante Kevin.

Estudioso do comportamento animal, ele brinca e interage com um dos animais mais temidos do planeta. Kevin costuma ser visto brincando, nadando e dormindo com vários animais no parque de Magaliesburg. Meg, com seus 185 quilos, é a preferida.


"As pessoas ficam maravilhadas com o fato de ela não me reduzir a pedacinhos com as suas garras", contou o zoólogo ao "Daily Mail".

Segundo Kevin, Meg se sente no rio como um cachorro na janela de um carro em movimento: prazer total.

FLORAIS DE BACH PARA OS ANIMAIS

Florais: animais também podem usar
Ter, 10 Mar, 09h26
(Atualizado dia 11 de março)
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(BR Press) Animais de estimação têm sentimentos e são sensíveis. Quem tem um pet - seja ele um cão, gato, pássaro, coelho ou outro qualquer - sabe que algumas situações podem afetar o humor e também causar atitudes provenientes de sentimentos negativos vivenciados pelo bichinho.
Para tratar os sentimentos que abalam seu melhor amigo, que tal usar um método natural, sem contraindicações? "Os Florais de Bach proporcionam tratamento para os sentimentos vividos naquele momento, seja em pessoas, animais e até em plantas", diz Maria Aparecida das Neves, terapeuta floral e educadora formada pela Fundação Edward Bach e co-autora do livro Florais de Bach (Editora Abril, Coleção Caras Zen).
Mas como saber o que o animal está sentindo? "É preciso analisar a situação do dono e da família que cuida do bichinho para tratá-lo. Como uma esponja, o animal absorverá todo o clima da casa ou os sentimentos do dono, como tristeza e depressão. Diante do problema, ele pode ou não desenvolver comportamentos inesperados, tanto para proteger o dono e a si mesmo quanto para chamar a atenção para si", explica Maria Aparecida.
A terapeuta floral aponta situações comuns e indica como usar os Florais de Bach originais no tratamento dos animais:
Em caso de separação do dono
O dono casou-se, viajou ou mudou-se para outra localidade e precisou deixar seu animal com a família ou mesmo com um amigo. No caso de a mudança ser temporária, ou seja, o dono voltará e continuará com o animal, é ideal ministrar o floral Chicory, que trabalhará o desapego do animal ao dono (o proprietário, inclusive, pode tomar o mesmo floral nessa situação).
Caso o dono não possa mais cuidar do animal, passando a visitá-lo com pouca frequência
Os florais indicados são o Mustard e o Walnut. O uso dos dois florais associados permitirá que o sentimento de tristeza profunda dê lugar à alegria (Mustard), e também que o animal adapte-se à nova situação (Walnut).
Em caso de falecimento do dono
Quando o animal perde seu dono e, então, é doado a outra pessoa, ele pode morrer de tristeza caso não seja dada a devida atenção a sua condição. Para esse caso, o floral indicado é o Star of Bethlehem, que faz com que o animal receba o consolo que esse floral proporciona.
Falecimento de outro animal
O companheiro de brincadeiras faleceu e seu bichinho ficou só. Para combater a tristeza, dê a ele o floral Sweet Chestnut, que o ajudará a entender a situação.
Abandono
Animais abandonados pelas ruas, quando conseguem um novo dono, podem tomar o floral Willow, que trará energia positiva para afastar o passado negativo e pessimista. Se ele tiver de se adaptar ao convívio com outros animais, é importante que seja ministrado o floral Walnut, que proporcionará ajuda no processo de transição de animal sem teto.
Agressividade
Um animal que nunca foi agressivo e passa a atacar pessoas e outros animais pode estar com ciúmes do dono. Para ele, o floral indicado é o Holly, que trabalha o sentimento do amor contrariado e dos ciúmes.
Agitação
Animais extremamente agitados, irriquietos, que destroem a casa toda, andam de um lado para o outro podem ser tratados com o floral Impatiens, que ajuda a desenvolver a quietude.
Novo membro no grupo
Para que os animais aceitem um novo elemento no grupo - seja ele da mesma espécie ou não -, é importante ministrar o floral Holly, que desenvolverá a aceitação.
Mudança de situação ou ambiente
Seu animal vivia dentro de casa, mas a chegada de um bebê fez com que ele fosse colocado em outro ambiente, como uma casinha no quintal. Para que ele não sinta rejeição, dê a ele o floral será necessário tratar o ciúme de posse com floral Chicory. Para que ele aceite bem a adaptação ao novo local, Walnut.
Como ministrar os Florais de Bach Originais em seus animais
Você pode pingar quatro gotas do Floral de Bach diretamente na língua do animal, quatro vezes ao dia, ou misturar na água a mesma quantidade. É importante trocar diariamente a água acrescida do floral.
É importante também frisar que os Florais de Bach originais foram criados para tratar sentimentos que levam a determinados comportamentos - e não doenças em si. "Por isso, os Florais de Bach não substituem medicamentos, apenas complementam o tratamento de maneira natural", adverte Maria Aparecida das Neves.
“Minhoca é melhor que gente”

Para o conservacionista que ataca baleeiros, os seres “inferiores” são indispensáveis para a vida

Peter Moon

24/05/2008 - 19:00 | Edição nº 523


A temporada de caça às baleias para “fins científicos” feita pelo Japão acabou mais cedo. O baleeiro Nishin Maru atracou em Tóquio com metade da carga. A vida de 400 baleias foi salva, graças às bombas de manteiga rançosa atiradas contra o navio pelos ativistas do Sea Shepherd (Pastor dos Mares). Eles usam táticas de guerrilha para impedir a matança de baleias (proibida desde 1986) e de focas no Canadá. Conheça as idéias pouco ortodoxas de seu líder, Paul Watson, um canadense de 57 anos que tem cara de Papai Noel – mas encara uma briga como o capitão Haddock, o amigo de Tintin.


ENTREVISTA
Paul Watson
QUEM É
Paul Watson foi membro fundador do Greenpeace em 1972. Saiu em 1977 para fundar a Sea Shepherd Conservation Society

QUE PRÊMIOS GANHOU
Em 2000, foi eleito pela revista Time como um dos heróis da ecologia do século XX

O QUE PUBLICOU
Shepherds of the Sea (1979), Cry Wolf (1985), Earthforce! (1993), Ocean Warrior (1994) e Seal Wars (2002)

ÉPOCA – Onde terminam os direitos humanos e começam os dos animais?
Paul Watson – Os direitos do homem e dos animais são interligados. A lei da interdependência ecológica exige que preservemos a diversidade. Sob uma perspectiva ecológica, algumas espécies são mais importantes que outras. As minhocas, por exemplo, são mais importantes que os humanos. Por quê? As minhocas poderiam sobreviver facilmente num planeta sem humanos, mas os humanos passariam um mau bocado para sobreviver sem as minhocas. A verdade é que as chamadas formas “inferiores” de vida são mais valiosas. As bactérias, as plantas e os insetos fornecem as fundações para toda a vida. Se for para a humanidade sobreviver, devemos estabelecer uma harmonia com as demais espécies, pois todas são interdependentes.

ÉPOCA – Para seus adversários, o senhor é um ecoterrorista.
Watson – Não cometo crimes. Nunca feri ninguém nem saio às ruas para protestar. O que faço é intervir contra atividades ilegais. Somos uma organização que luta contra a caça ilegal. Hoje em dia, todos chamam todo mundo de terrorista. Até o Dalai-Lama é chamado de terrorista pelo governo chinês. Um ecoterrorista para mim é quem destrói o meio ambiente. A Monsanto é uma organização ecoterrorista, assim como a Exxon e a maioria das petrolíferas. O presidente George W. Bush é um ecoterrorista. Fui preso inúmeras vezes, mas nunca fui condenado por um crime, porque nunca agi contra a lei.

ÉPOCA – O senhor parece um capitão Ahab às avessas. Em vez de caçar Moby Dicks, o senhor as protege. Qual é sua missão de vida?
Watson – Sou um conservacionista. Meu objetivo é a conservação da natureza e do meio ambiente marinho. A Sea Shepherd atua no combate à caça ilegal de baleias pelos japoneses na Antártica e pelos noruegueses e islandeses no Ártico. Lutamos contra o massacre de focas no Canadá. Confiscamos equipamentos de pesca predatória e combatemos a exploração do plâncton, os microrganismos que formam a base da cadeia alimentar. Iniciamos em 2000 uma campanha para defender a reserva marinha das Ilhas Galápagos e estamos desbaratando o contrabando de barbatanas de tubarão.
“O negócio do Greenpeace é mala direta e telemarketing para conseguir dinheiro de pessoas que querem sentir que protegem o meio ambiente ”

ÉPOCA – O senhor co-fundou o Greenpeace em 1972 Por que decidiu sair?
Watson – Abandonei o Greenpeace em 1977, quando percebi que a organização estava se tornando uma corporação do “bem-estar”. Ela é a maior organização do “bem-estar” do planeta. As pessoas se associam ao Greenpeace para se sentir bem, para sentir que fazem parte da solução para a natureza. Mas o negócio verdadeiro do Greenpeace é mala direta, telemarketing e publicidade, para conseguir dinheiro de quem quer sentir que protege o meio ambiente.

ÉPOCA – Quando o senhor decidiu recorrer a estratégias radicais como a interceptação de navios?
Watson – Nós intervimos quando as leis internacionais são violadas e percebemos que a interferência pode fazer diferença. Criei a Sea Shepherd como uma organização intervencionista, e não de protesto.

ÉPOCA – O Japão e o Canadá o acusam de usar a violência contra baleeiros e caçadores.
Watson – Nunca ferimos nenhum ser humano em três décadas de operação. Não usamos violência. Minha tripulação e eu fomos atacados, espancados, atiraram na gente e nos ameaçaram. Mas alguns meios de comunicação preferem noticiar as queixas de violência de nossos críticos.

ÉPOCA – Qual é o balanço deste ano da luta contra a caça às baleias?
Watson – Os japoneses preencheram só metade da cota (a meta era matar 950 minkes. Foram 551). Infligimos a eles um prejuízo de US$ 70 milhões.
BATALHA NAVAL
A bordo do Farley Mowat, os ativistas do Sea Shepherd patrulham os mares do sul à caça de baleeiros japoneses

ÉPOCA – Seus métodos não colocam em risco a vida de seus tripulantes?
Watson – Essa pergunta sugere que utilizamos táticas violentas, o que não é verdade. Existem riscos em todas as nossas campanhas, mas eles são aceitáveis. Há gente que luta e morre pelo controle de terras e de poços de petróleo. Acredito ser muito mais nobre correr riscos pela preservação de espécies ameaçadas.

ÉPOCA – Superpopulação, destruição ambiental, poluição, extinções em massa. O que pensa do futuro da humanidade?
Watson – Não sou otimista nem pessimista. Sou realista. Percebo as conseqüências de a nossa espécie viver em desarmonia com o meio ambiente. Nenhuma espécie na história do planeta sobreviveu ignorando as três leis da ecologia. Primeira: a lei da diversidade, que prega que a força de um ecossistema depende de sua diversidade. Segunda: a lei da interdependência, segundo a qual todas as espécies, mesmo as mais “inferiores”, dependem umas das outras. Terceira: a lei dos recursos finitos. Minha missão é ajudar a humanidade a sobreviver. Se falharmos, será porque nossa sobrevivência não vale a pena. Mas a Terra agüenta. Os ecossistemas do planeta sofrem sob o domínio humano, mas vão sobreviver e estarão aqui muito tempo depois de a humanidade ter desaparecido. Isso me traz conforto, porque luto pela continuação da vida – não somente pelos interesses de nossa espécie.

ÉPOCA – Há razões para acreditar nos movimentos conservacionistas?
Watson – Não defendo o Greenpeace, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) ou qualquer ecocorporação. Apóio a ação de indivíduos como Dian Fossey (1932-1985) e sua luta em favor dos gorilas; a proteção de Jane Goodall aos chimpanzés; e a campanha de Chico Mendes (1944-1988) pela preservação da Amazônia. São eles que fazem a diferença.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG83839-9556-523,00-MINHOCA+E+MELHOR+QUE+GENTE.html